Thomas J. Peters – Tom Peters – é um escritor e economista nascido em 7 de Novembro de 1942 em Baltimore, Estados Unidos.Peters é especializado em práticas de gestão de negócios, mais conhecido pelo livro In Search of Excellence, o título em português é “Em busca de Excelência” (em co-autoria com Robert H. Waterman Jr.).
18 livros e 35 anos depois, Tom permanece na vanguarda dos “gurus da administração”, a qual ele inventou sozinho.
Venha saber mais sobre a vida e legado desta figura tão simbólica no mundo dos negócios!
- Tom Peters – Biografia
- Tom Peters – Legado
Tom Peters – Biografia
Tom Peters frequentou a escola secundária na Seven School e a Universidade na Cornell University, graduando-se em engenharia civil em 1965, e obtendo mestrado em 1966.
Em seguida, Peters estudou gestão na Stanford Business School, obtendo o seu MBA e doutorado (PhD). Em 2004, também recebeu um doutoramento honorário da Universidade de Gestão de Moscovo. De 1966 a 1970, Peters serviu na Marinha Norte-Americana.
Entre 1973 e 1974, trabalhou na Casa Branca, na Administração Nixon, como consultor em abuso de substâncias (drogas).
De 1974 a 1981, Peters trabalhou como consultor de gestão na McKinsey & Company, chegando a partner e líder de práticas organizacionais efetivas em 1979, após o qual, em 1981, Peters passou a consultor independente.
Tom Peters é considerado um guru da gerência de negócios, de 1970 até o presente. Seu primeiro grande livro em co-autoria com Robert Waterman “Em Busca da Excelência” editado em português como “Vencendo a crise” foi um inesperado sucesso editorial.
Seu combate incansável contra a imobilidade e falta de paixão no trabalho o levaram a ser radicalmente a favor da inovação, contra o kaizen (ou melhoria contínua), e considerar o incrementalismo como o maior inimigo da inovação.
Temáticas como a Destruição e a descontinuidade são ícones de seu alerta contra a predominância da mutabilidade dos mercados sobre a intenção de “continuidade” que é presumida pela maior parte das empresas.
Imaginação e Paixão são recomendados em abundância para um mundo altamente competitivo. Atuando da perspectiva de um ativista sexagenário, ele tenta ferir mortalmente a engrenagem burocrática que vê envenenando os negócios – resíduo do modelo racionalista, mas sua luta continua, tendo o ponto de exclamação (!) como logotipo.
Tom Peters gostava de dizer que era capaz de entrar numa empresa e em 15 minutos diagnosticar se os empregados estavam ou não satisfeitos ali.
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Tom Peters – Legado
Tom Peters sempre foi muito admirado por estar se reinventando a todo momento. Sua publicação “O Dividendo da Excelência: Atendendo a Maré Tecnológica com trabalho que impressiona e emprego que perduram” (Vintage, 2018) foi uma obra que deixou a crença fundamental de Tom: “execução é estratégia – trata-se de pessoas e ações, não de falar e teoria” bem em evidência.
Em novembro de 2017, Tom recebeu o Thinkers50 Lifetime Achievement Award. Ele deu mais de 3.000 palestras em mais de 6 países sobre excelência em negócios e liderança. Todo o material escrito e falado de Tom, cobrindo os últimos 15 anos ou mais, está disponível para download.
Em entrevista para a Forbes,Peters foi questionado sobre as diferenças entre a pessoa que está no atendimento ao cliente versus um vice-presidente de marketing.
Tom Peters afirma que não há diferença. Quando temos uma equipe de limpeza de 53 pessoas em um hotel e há quatro pessoas nessa equipe que ajudam seus colegas em coisas que outros não fazem, a pessoa número um com quem um hóspede interage é a arrumadeira. Assim, ela tem mais oportunidades de expor a marca do que o vice-presidente. É tudo sobre comportamento!
O julgamento de Tom sobre as pessoas é sobre a qualidade em que elas trabalham para as outras pessoas. Marketing pessoal é um termo que ele despreza. Marca pessoal é fazer um trabalho incrivelmente bom, fazer amigos e ser notado por esse bom trabalho.
Ainda em tempo, o entrevistador elogia Tom pelo artigo publicado em 1997, afirmando que aquilo que foi compartilhado na época, hoje parece óbvio, mas que naquele ano foi algo realmente radical.
Então, Peters diz que o mundo antes era radicalmente diferente.E ainda dá o exemplo, se você tivesse 33 anos na Hewlett-Packard e morasse perto de mim, sua expectativa seria que você se aposentasse da HP nos 33 anos seguintes.
E seu nome naquela época era Crachá 77. Você não tinha um nome, não tinha personalidade. Eu pensei: “Você vai ter que se destacar para competir no mundo de hoje, seja HP, Citicorp ou a empresa de 500 pessoas. Você tem que defender algo. Tem que ser especial”.
Tom não pensava de forma corporativa, mas sim em “você” como um indivíduo. Ninguém sobrevive a menos que seja especial. E isso é um “e” minúsculo, pois ele não estava dizendo que você tem que ser o próximo Steve Jobs ou alguém assim, mas você não poderia ser apenas o Crachá 77.
Tom ainda é questionado sobre quais são as ferramentas atuais de gestão de carreira que não são mais relevantes.
O escritor explica que não é que elas não sejam relevantes, afinal, hoje em dia o importante é a qualidade demonstrável do seu trabalho, o fato de você ser uma das três melhores pessoas na empresa de 500 pessoas tem tudo a ver com relacionamentos.
Tudo o que você precisava naquele primeiro exemplo do Crachá 77 era não ser um idiota, chegar na hora e se dar muito bem com os nove colegas que estavam em seu pequeno departamento.
Tal tática, não funciona mais. E Tom aprendeu isso com o passar dos anos, afinal, com o avanço das tecnologias e o maior engajamento das marcas e pessoas nas redes, o modo de trabalho deixou de ser tradicional e foi preciso de adequar mais uma vez aquilo que o mercado pede.
Para finalizar a entrevista com chave de ouro, o entrevistador pediu para que Tom compartilhasse mais sobre a conexão entre o que foi escrito no artigo “A marca chamada VOCÊ” e o seu livro “Humanismo Extremo: o novo padrão de excelência no mundo e nos negócios”.
Com o seu senso de humor notável, Peters diz que a conexão que há entre eles é que ele só fala sobre a mesma coisa por 40 anos, e essa coisa é “pessoa em primeiro lugar”. Uma estratégia que prioriza as pessoas funciona tanto agora quanto no passado.
A inteligência artificial não assumirá todos os empregos nos próximos vinte anos. O humanismo extremo diz: “se cuidarmos das pessoas, se educarmos as pessoas, se produzirmos produtos que não visam aquecer o clima, podemos viver dessa maneira, podemos nos orgulhar disso”.
Particularmente devido à divisão nos Estados Unidos, Peters acredita que é mais importante do que nunca seguir tal modelo. Não é sobre discutir a respeito do modelo econômico, mas sim sobre quando o proletário passa a trabalhar em empresas de 27 ou 277 ou 2700 pessoas.
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