Metaverso é um termo que vem ganhando força desde que Mark Zuckerberg anunciou em meados de 2017 que a sua empresa Facebook mudaria de nome para Meta e além disso, passaria a ter foco no desenvolvimento desse novo meio virtual.
Foi a partir daí que diversos outros setores também começaram a explorar esse novo universo, mesmo que sem entender todo o seu potencial. O setor da moda, do entretenimento, dos alimentos e da educação não perderam tempo e também lançaram suas iniciativas no metaverso.
Caso você, empresário, tenha interesse em saber mais sobre essa nova tendência, acompanhe este artigo e saiba tudo o que precisa!
- O que é metaverso?
- Como fazer parte do metaverso?
- Visão das empresas nacionais
- Desafios para a expansão no Brasil
O que é Metaverso?
O metaverso hoje pode ser definido como uma rede de mundos virtuais, os quais tentam replicar a realidade, com foco maior na conexão social. Aqueles que estão mais conectados com essa realidade, como Mark Zuckerberg, acreditam que o metaverso é o futuro da internet.
A ideia principal do metaverso é diminuir as fronteiras existentes entre o físico e o virtual e que os avatares se tornem uma extensão do nosso próprio corpo.
O metaverso é capaz de usar as tecnologias de realidade virtual e ainda aumentá-la para proporcionar a imersão quase que completa do usuário. Elas podem ser acessadas por meio de acessórios como óculos de realidade virtual e manoplas, as quais são conectadas a computadores ou smartphones.
Há empresas que trabalham para fabricar óculos mais leves e acessíveis, e ainda estudam possibilidades mais extremas, como por exemplo, um implante no cérebro das pessoas, fazendo com que não existisse a necessidade de outros equipamentos para acessar o metaverso.
Alguns denominam de metaverso a experiência sem imersão, as quais acontecem por meio de telas comuns, porém incluem a parte social, como os jogos Fortnite e Roblox, que podem ser acessados por meio de computadores, consoles e smartphones.
Grande parte dos empresários e especialistas dizem que para o metaverso imaginado por Zuckerberg se tornar realidade é preciso que exista uma convergência de diversas tecnologias e o aprimoramento de várias ferramentas e equipamentos que hoje já existem.
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Como fazer parte do metaverso?
Não podemos negar que hoje já existem muitas maneiras de se entrar no metaverso, basta saber qual é a experiência que você está buscando.
Caso esteja procurando por uma experiência imersiva, você precisará de óculos e manoplas de realidade virtual, entre as opções disponíveis no mercado temos: Google Cardboard e o Oculus Quest 2.
Posteriormente a escolha do acessório, é preciso decidir qual universo virtual será acessado, confira a lista das plataformas mais acessadas no momento: Decentraland, Axie Infinity, Horizon, Mesh, Sandbox, Fortnite e Roblox.
Essas plataformas oferecem uma vasta gama de experiências, que vão desde jogos a espaços de trabalho virtual, passando também por entretenimento ao vivo.
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Visão das empresas nacionais
As empresas brasileiras passaram a enxergar a expansão do metaverso com muito otimismo, afinal, é um fenômeno esperado há muito tempo.
Empresas como a Nexus vr, fundada em 2013, já chegaram a trabalhar com o conceito de metaverso em 2014 durante um projeto, porém a ideia não teve um futuro, pois houve uma recusa de financiamento por fundos norte-americanos.
Felipe Coimbra, diretor de tecnologia da Nexus VR afirma que a grande mudança que o Facebook pode trazer é acima de tudo a transformação do metaverso não só como entretenimento, mas também como serviço.
Áreas como educação, e-commerce, podem ter grandes oportunidades de aprendizado e de consumo também. Hoje a Nexus VR trabalha com o desenvolvimento de projetos, eventos e treinamentos para empresas com tecnologias de realidade virtual, realidade aumentada e a chamada mixed reality.
Estudiosos afirmam que para que o Facebook consiga atingir a meta, de fato, de se transformar em uma empresa de metaverso, o conceito precisa se popularizar e ser capaz de gerar uma corrida entre as empresas para adentrar neste novo ambiente.
Há uma estimativa de que o Brasil demoraria, no máximo, dois anos a mais em relação aos Estados Unidos para conseguir popularizar essa tecnologia.
Além disso, há uma expectativa muito grande para que as novas tecnologias de realidade virtual tenham por foco as empresas, as quais terão verba suficiente para financiar projetos, e usadas para eventos, treinamentos, reuniões e até mesmo o trabalho remoto.
A aposta da Nexus VR para a popularização da realidade virtual é a chamada cardboard, um tipo de caixa de papelão em que podemos encaixar o celular, que transmitirá o conteúdo da experiência de realidade com um custo bem mais acessível à população.
Outra empresa que vem apostando no metaverso é a VTGlass, a empresa brasileira foi fundada em 2011 e já participou de forma ativa de mais de 200 projetos, e hoje aposta na criação de ambientes imersivos, os quais possam ser acessados através de óculos de realidade virtual, mas também através de computadores, tablets ou smatphones.
A empresa tem trabalhado arduamente em um projeto que tem como objetivo criar um evento da NBA no Brasil, que foca na mistura de gameficação e metaverso, afirma Ohma Tacla, atual presidente da VTGlass.
Sabemos que atualmente o conceito de metaverso está muito relacionado à venda de óculos de realidade virtual, mas a intenção de muitos empresários é popularizar o metaverso, mas sem se ater ao óculos, para que o alcance possa aumentar.
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Desafios para a expansão no Brasil
Tendo em vista que a principal dificuldade para atingir um público maior no Brasil ainda seja o elevado preço dos dispositivos de realidade virtual, muitos empresários acreditam que haverá sim um momento em que toda essa tecnologia estará acessível para a população como o smartphone. As empresas desejam que o VR seja algo acessível.
O Brasil já é considerado um país alinhado com as tecnologias e por isso, ele esta pronto para contribuir com o desenvolvimento desta nova realidade virtual.
Por outro lado, há empresários que acreditam que o nosso país ainda não está em um patamar tão avançado assim com as tecnologias, e ainda dizem que os equipamentos disponibilizados para o contato com o metaverso possui um processamento muito semelhante ao de um smartphone e por isso os gráficos não conseguem alcançar a máxima resolução tornando a experiência menos realista.
Esse cenário pode mudar com a chegada da tecnologia 5G no Brasil, pois para se chegar de fato no metaverso, sem choque com a realidade em que vivemos precisamos do 5G, o qual é capaz de fornecer um maior processamento, que ocorre fora dos computadores em servidores remotos, o que facilita tornar os gráficos mais realistas, melhorando de forma exponencial a experiência do usuário.
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