Gestão de Conflitos

gestão de conflitos

A cultura brasileira sempre ainda percebe a gestão de conflitos como algo muito negativo.

Normalmente as pessoas tendem a levar tudo para o lado pessoal e a resolução do conflito acaba sendo muito desgastante emocionalmente.

Mas conflitos em uma organização são tão normais quanto o dia após a noite. São inevitáveis e quando bem administrados podem levar a empresa a um novo patamar de excelência e relacionamento entre seus integrantes.

Como consultor já vi muito conflito terminar em discussão. Discussão é quase uma briga, perde-se a razão facilmente devido ao estado emocional e dificilmente resolve alguma coisa. Pelo contrário pode deixar marcas que demoram a cicatrizar. Conflito, em especial no aspecto corporativo, é quando processos não estão em sintonia, metas estão desalinhadas e as pessoas remam cada um para um lado.

O que você, como líder, deve observar atentamente na gestão de conflitos:

  1. Ao contrário do que pensa ausência de gestão de conflitos não é nada bom.
  2. Entenda que conflitos são saudáveis.
  3. Varrer problemas para debaixo do tapete é uma estratégia no mínimo questionável.
  4. Líder bom ou Líder bonzinho?

1. Ao contrário do que pensa ausência de gestão de conflitos não é nada bom

Quando tudo parece calmo demais e por muito tempo ninguém se desentende ou sua empresa atingiu a perfeição ou:

Existe falta de comprometimento das pessoas

Neste caso as pessoas não estão preocupadas com o resultado final, mas sim com o seu resultado individual. Estão focadas cada um nos seus problemas e sinceramente tanto fez ou tanto faz quando o assunto é excelência ou melhoria nos processos.

Pouca abertura para a inovação

Ausência de gestão de conflitos pode dar uma grande pista do quanto sua empresa é inovadora. Como muito pouco ou quase nada se muda tudo já está ajeitado em uma enorme zona de conforto.

Cultura da mesmice

As pessoas criam ou participam dos seus feudos organizacionais. Tudo sempre foi assim e para mudar e criar conflitos com outros setores, fornecedores, comunidade ou clientes? O pensamento que impera é: Melhor deixar como está.

2. Entenda que conflitos são saudáveis

Os conflitos organizacionais provocam o amadurecimento da equipe e estabelecem novos padrões de excelência, produtividade e revisão de processos.

O conflito quando bem conduzido restabelece o equilíbrio na empresa.

Ao detectar um conflito imediatamente identifique a raiz do problema, quais as suas causas e quais os reais motivos da falta de equilíbrio nos processos. Assim, com certeza, você pode transformar algo indesejado em uma grande oportunidade de melhoria.

3. Varrer problemas para debaixo do tapete é uma estratégia no mínimo questionável

Evitar ou esconder conflitos é um tiro no próprio pé. É como esconder a sujeita sabendo que irá acumular e um dia explode bem em nossa face. O que não sabemos é em qual proporção isso explodirá.

Negócios se perdem por falta de timing em resolver rapidamente o que no futuro não tem mais solução, por questões de orgulho, ego ou sentimentos feridos.

O gestor comercial deve entender que resolver um conflito não é só uma questão de descobrir o que certo ou o que é errado. Mais do que isso, gestão de conflitos é uma questão de foco no resultado, ajuste de métodos e processos que no fim contribuem para a evolução da sua empresa.

Assista ao vídeo GESTÃO DE CONFLITOS e ouça as dicas que o palestrante de vendas Paulo Araújo gravou para você refletir sobre como conduzir, prevenir e resolver problemas de uma forma madura e profissional.

4. Líder bom ou Líder bonzinho?

A cultura corporativa brasileira sempre teve um traço em comum: excesso de paternalismo.

Atire a primeira pedra quem nunca disse ou ouviu frases como: – nossa empresa é uma grande família ou as pessoas da minha equipe são como meus filhos.

A lista pode ser bem longa.

É claro que o grau de profissionalismo das pessoas, a pressão e exigência por resultados e treinamentos e mais treinamentos de liderança acabam por diminuir o comportamento paizão ou mãezona nas empresas, mas isso a meu ver ainda está de acabar.

O fato é que temos muitos líderes que confundem ser BOM com ser BONZINHO e isso com o tempo provoca desgaste, descontentamento e claro baixo desempenho, afinal evita-se a gestão dos conflitos.

Veja a diferença de um e outro e como evitar essa armadilha organizacional.

LÍDER BONZINHO procurar agradar a todos.

Detesta conflitos e está sempre preocupado com a sua imagem dentro da equipe. Ela ou ela acredita que cada membro da equipe é como se fosse seu filho(a) que necessita de proteção, acolhimento e amparo. O BONZINHO odeia disser: NÃO! Passa noites em claro pensando em como resolver problemas que não lhe cabem e adora um sofrimento alheio. Esse tipo de liderança sofre muito pelo outro, afinal como bom pai ou mãe: mexeu com meu filho(a), mexeu comigo!

A equipe finge que respeita e o líder acredita ser respeitado. É claro que devido a essa postura muitos liderados se aproveitam da situação e fazem da empresa uma verdadeira extensão da sua casa.

Todos os dias trazem todos os tipos de problemas, em especial, os pessoais para o LÍDER BONZINHO resolver ou quem sabe se comover com a situação. O LÍDER BONZINHO acredita que tem a equipe na mão, mas na verdade é o LÍDER que está nas mãos da equipe.

Quando acontece algo inesperado ele se sente traído e diz coisas do tipo: mas eu ajudei tanto aquela pessoa e ela me faz uma coisa dessas…

LÍDER BOM por sua vez não mascara a verdade e não evita a gestão dos conflitos.

Busca o consenso por meio do diálogo, mas sabe que agradar a todos é utopia.

Para crescer é preciso mudar e mudança nem sempre agrada. O LÍDER BOM é justo e faz com que você cresça porque ele exige sempre mais.

Muitas vezes ele pode ser confundido com uma pessoa grosseira, individualista ou que pressiona demais. O LÍDER BOM exige maturidade profissional, responsabilidade para com o resultado e foco nas metas. Esse tipo de liderança dá a cada pessoa aquilo que ela precisa e não aquilo que ela deseja.

O LÍDER BOM acima de tudo procura ser justo e recompensa aqueles que buscam um trabalho bem-feito dentro dos padrões de qualidade definidos.

A diferença entre LÍDER BOM ou BONZINHO é muito tênue e é evidente que ora demonstrará comportamentos de um ou de outro.

A questão é conseguir medir quais destes comportamentos são mais efetivos com a sua equipe e quais resultados trazem para a sua empresa.

Leitura complementea: 7 dicas para liderar equipes de vendas

Assista ao vídeo LÍDER BOM OU LÍDER BONZINHO? e ouça as dicas que o palestrantes de vendas Paulo Araújo gravou para você refletir sobre como conduzir a sua equipe de forma justa e sem paternalismo.

Compartilhe