Daniel Goleman – Biografia e Legado

Daniel Goleman é um psicólogo e jornalista científico dos Estados Unidos que por doze anos escreveu para o The New York Times, principalmente sobre os avanços nos estudos do cérebro e das ciências comportamentais.

Escritor de renome internacional, psicólogo, jornalista da ciência e consultante incorporado, Goleman é filho de um casal de professores universitários de Stockton, Califórnia, local onde seu pai lecionava literatura mundial no San Joaquin Delta College e sua mãe ensinava no departamento  social, que é agora a University of the Pacific.

Interessou-se pela história de Daniel Goleman? Então confira a seguir os tópicos que separamos para explorar mais sobre a vida deste importante psicólogo e jornalista americano.

  • Daniel Goleman – Biografia e Legado
  • Principais ideias de  Daniel Goleman
  • Os pilares da inteligência emocional

Daniel Goleman – Biografia 

Nascido em 7 de março de 1946, na cidade de Stockton, Califórnia, Estados Unidos, Daniel Goleman foi aluno do Amherst College e da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Além disso, ele recebeu seu PhD na Universidade de Harvard, local que também lecionou.

Durante 12 anos, Daniel Goleman foi jornalista no importante jornal americano New York Times, ele ficou responsável por cobrir a seção de Ciências do comportamento e do cérebro. Foi editor da Psychology Today. Atualmente, realiza palestras para grupos profissionais.

Em 1995, Goleman tornou-se uma celebridade do mercado editorial com a publicação do livro “Inteligência Emocional”, o qual vendeu 5 milhões de cópias, em quarenta idiomas, e se tornou um best-seller em diversos países. Vale lembrar que cerca de 400 mil exemplares circulavam pelo Brasil.

Daniel Goleman tem a tese de que a inteligência emocional promove a diminuição dos níveis de ansiedade e estresse; maior empatia pelo próximo; mais equilíbrio emocional; maior clareza nos objetivos de vida e capacidade de tomada de decisão; melhor gestão do tempo; aumento de produtividade e de comprometimento com metas; e maior autoestima e autoconfiança.

Além disso, ele defende também que essa inteligência pode ser aprendida e desenvolvida, dependendo de um exercício cotidiano.

De acordo com Goleman, “Inteligência Emocional” é a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e o dos outros, de nos motivarmos e gerirmos os impulsos dentro de nós.

Daniel Goleman define 5 pilares da inteligência emocional, sendo eles:

  • Conhecer as próprias emoções;
  • Controlar as emoções;
  • Ter automotivação;
  • Ter empatia;
  • Saber se relacionar interpessoalmente.

Frases de Daniel Goleman:

“Quando eu digo controlar emoções, me refiro às emoções  realmente estressantes e incapacitantes. Sentir as emoções é o que torna a nossa vida rica”.

“A verdadeira compaixão não significa apenas sentir a dor de outra pessoa, mas estar motivado a eliminá-la”

“A tarefa fundamental dos líderes é instalar bons sentimentos naqueles que lidera”.

“Controlar os impulsos ou lidar com a mágoa é tão importante para a preservação da violência quanto para o controle da raiva”.

“A inteligência interpessoal consiste na capacidade de compreender os demais, quais são as coisas que mais os motivam, como trabalham e a melhor forma de cooperar com eles”. 

Obras de Daniel Goleman:

  • Inteligência Emocional (1995);
  • Trabalhando Com a inteligência (1998);
  • Emoções destrutivas e como dominá-las (2005);
  • Inteligência social: a nova ciência das relações Humanas (2006);
  • inteligência Ecológica (2009);
  • Foco: o Motor Oculto da Excelência (2014);
  • Liderança (2015);
  • Uma força para o Bem (2015).

Através dessas obras temos uma boa perspectiva do quanto Daniel Goleman é participativo no meio – e o motivo pelo qual ele é considerado o “pai” da inteligência emocional.

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Principais ideias de Daniel Goleman

Fazer uso do próprio cérebro para ter controle sobre as emoções são questões muito divulgadas durante o trabalho de Daniel Goleman. Não é por acaso que alguns dos pilares para o uso da inteligência emocional e seu contínuo desenvolvimento envolvem o cérebro.

Daniel Goleman também explora essas ideias aplicadas de outras formas. Uma delas é a crítica do autor com relação à tecnologia.

Para ele, o uso exacerbado da tecnologia é capaz de limitar mais a interação humana e, consequentemente, a empatia que necessitamos para colocar as nossas emoções em ação. O distanciamento gerado é prejudicial para o desenvolvimento humano.

Ademais, ele também tem aprimorado o estudo na relação das pessoas com o próprio foco – temática de um dos seus livros mais recentes. Goleman acredita que possuímos 3 focos:

  • Interno: aquela associado às nossas próprias emoções;
  • Externo: a atenção que dedicamos às outras pessoas;
  • Empático: a percepção do mundo à nossa volta, e não só a atenção que damos a ele, mas o seu impacto e as consequências das nossas ações também.

É justamente por conta de um assunto explorado em tantas vertentes que os conhecimentos de Daniel Goleman são amplamente difundidos e fonte de inspiração do maior treinamento de inteligência emocional do mundo: o Método CIS, de Paulo Vieira.

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Os pilares da inteligência emocional

Daniel Goleman parte do pressuposto que a parte cerebral é a responsável por sustentar a inteligência emocional e por isso é uma das últimas a amadurecer anatomicamente.

Para ele, como a neuroplasticidade molda o cérebro de acordo com a repetição das experiências, faz sentido investir em práticas regulares e sistemáticas que estimulem o autoconhecimento, a empatia e o relacionamento entre crianças e adolescentes.

Dessa forma, a escola e a sociedade precisam auxiliar as crianças e os jovens focarem nessas competências, para que estejam aptos a viver bem no contexto moderno e a tomar decisões que ajudem a preservar este mundo.

Esse percurso, defende Daniel Goleman, deve ser sustentado a partir de cinco pilares principais:

  • Autoconhecimento: conhecimento sobre o que se sente, sobre os próprios impulsos e fraquezas. É a base para uma boa intuição e tomada de decisão, bem como uma “bússola moral”. As emoções que ficam fora do limiar da consciência podem impactar poderosamente os comportamentos;
  • Autorregulação: é a capacidade de escolher respostas e não reagir apenas por impulso, ou seja, cuidar das emoções de maneira que não sejam prejudiciais para a pessoa ou para a situação. Essa autogestão é o que ajuda a sintonizar as vivências emocionais com o processo de aprendizagem, facilitando a recuperação das perturbações da vida, sem reprimir os sentimentos indesejados e incômodos, e saber adiar as satisfações quando necessário;
  • Automotivação: é a capacidade de dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal. Nas palavras de Goleman: “As pessoas com altos níveis de esperança têm certos traços comuns, entre eles o poder de motivar-se, e sentir-se com recursos suficientes para encontrar meios de atingir os seus objetivos, ter flexibilidade bastante para encontrar meios diferentes de chegar às metas, e ter o senso de decompor uma tarefa formidável em outras menores, mais manejáveis”;
  • Empatia: capacidade de compreender e considerar os sentimentos de outros. Isso permite maior sintonia com o mundo;
  • Habilidades sociais/de relacionamento: capacidade de relacionar-se melhor, comunicando-se de maneira clara e atenta às demandas e postura do outro. É colocar todos os elementos acima coordenados para facilitar os encontros sociais.

Portanto, após entender melhor os conceitos que norteiam as teorias de Daniel Goleman, fica mais fácil de entender a perspectiva como esse gênio da psicologia enxerga o mundo.

Goleman é a inspiração e motivação de muitos profissionais, e é por isso, que ele aos 76 anos continua dando palestras que lotam plateias e desenvolvem grandes profissionais!

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Vídeo Bônus – Daniel Goleman e a Inteligência Emocional

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